Todos conhecemos os jogos do tipo: “Vamo-nos juntar e entrar naquela masmorra e derrotar o super-hiper-monstro, e ganhar tesouros e experiência para o bem de todos e assim acabarmos com o mal no Mundo”. Ahh pois…. mas eu quero lá saber do mal do mundo, ou do bem dos outros, ou que raio… eu quero mesmo é ganhar tesouros, e ganhar níveis, e apunhalar os meus companheiros nas costas e apanhar os artefactos mágicos deles, enquanto que fujo dali para fora, e eles lá ficam a enfrentar mais um monstro nesta masmorra maldita. Pois é este o espírito do Munchkin, o jogo de cartas já com 10 anos, mais de meia-dúzia de expansões, e outros tantos spin-offs, editado pela Steve Jackson Games, com a arte espectacular do John Kovalic.
O objetivo do jogo é fazer a tua personagem chegar a nível 10, matando monstros conforme vai explorando uma masmorra, com (ou sem) a ajuda dos restantes membros do grupo (voluntária e ás vezes involuntariamente). Começando como um reles Humano sem classe, é possível ir adquirindo armas, mudar de raça ou sexo (ai se o Cavaco ouve isto!), ganhar classes, ajudar os restantes jogadores (caso nos seja proveitoso, claro), e sempre, mas sempre, com um humor fenomenal. Aliás, quem está à espera de um jogo altamente estratégico com mecânicas ultra bem pensadas, pode já ir apanhando ali a porta de saída da masmorra. No seu turno o jogador começa por rebentar uma porta para explorar uma sala e ver o que ela contém. Caso seja um monstro vai ter de lutar com ele. Todos os monstros têm um nível que é preciso superar, e para isso utilliza-se o nível actual da personagem e soma-se os bónus das armas e cartas que se possam jogar na altura da batalha. Caso este valor seja superior ao do monstro, mata-se o monstro, ganha-se um nível e os tesouros que ele transporta. Caso não se consiga derrotar o monstro tem de se fugir com o lançamento de um dado D6 precisamos de tirar 5 ou 6 para conseguirmos fugir com sucesso, caso contrário acontecem-nos coisas más. No entanto para complicar as coisas, no decurso de um combate qualquer outro jogador pode jogar cartas para nos ajudar ou para ajudar o monstro (sendo jmais normal esta opção), mas podemos sempre pedir ajuda, por norma por negociação da partilha dos tesouros do monstro, uma vez que quem nos ajuda a derrotar um monstro não sobe de nível). Quem nos ajuda adiciona o seu nível e os seus bónus ao nosso e caso tudo isto seja superior ao nível do monstro consegue-se matá-lo.
O humor durante todo o jogo é fenomenal e só quem nunca lutou contra um Advogado Enraivecido Bebé, quando é um Anão Mágico empunhando uma espada flamejante, calçando uns patins a jacto e envergando uma armadura de jornais (não havia dinheiro para mais!), é que não entende a piada de toda a situação. Com um grande piscar de olhos aos RPG’s do género (Dungeons & Dragons particularmente), o Munchkin é um jogo para se passar um muito bom tempo a jogar na companhia dos amigos. Apesar de desenhado para 3 a 6 jogadores, não o aconselho para mais do que 4, pois torna-se mesmo muito longo, para a diversão que é.
Actualmente a versão básica do Munchkin já vai em 7 expansões, não sendo nenhuma obrigatória para o jogar, diria apenas que são variantes que se podem adicionar para quem já se fartou de ver sempre as mesmas cartas na mesa. A juntar a isto quem quiser variedade pode experimentar qualquer um dos spin-offs que utilizam sempre a mesma mecânica, mas que mudam de tema, e para os mais corajosos podem sempre misturar tudo para um mega jogo:
Para quem nunca experimentou podem ter uma pequena demonstração aqui.
Caixa do jogo
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3
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Apresentação
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3
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Componentes
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3
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Grafismo
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5
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Tema
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5
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Objectivo
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5
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Livro de Regras
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3
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Preparação
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5
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Começar a jogar
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3
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Mecânica
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4
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Jogabilidade
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5
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Interacção
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5
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Estratégia
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2
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Dificuldade
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4
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Duração
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4
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Diversão
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5
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Originalidade
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5
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Preço
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2
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Valor vs Dinheiro
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4
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O meu Gut Feeling
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5
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Total
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80
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